quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Ilustração: Ivnny Prazeres

 A ilustradora de hoje é super fofa, e também a conheci pelo instagram. Ivinny Prazeres tem 18 anos e é de São Luís – MA, porém mora em Fortaleza a uns 10 anos. Ela cursa Arquitetura e Urbanismo na Unifor, e acabou tendo o desenho como um hobby por ser uma pessoa caseira!

A Ivy tem algumas curiosidades legais, como amar fotografia, música, e é apaixonada por comida japonesa (e não só pela comida, mas também pela cultura). Ela também adora séries e animes!




Você fez algum curso, ou é auto didata?

"Olha, eu mentiria se dissesse que sou autodidata, pois eu aprendi a desenhar com o meu pai. Mas, ele me ensinou mais o ''básico'', como pintar, fazer uns traços aqui e ali, porque ele tinha muito pouco tempo pra ficar horas e horas ensinando a mim e a minha irmã a desenhar. Então, com o tempo eu fui me virando. Olhava e ainda olho na internet ou em alguns livros que tenho aqui em casa sobre desenho, e estudo sobre. Fico horas e horas treinando. Eu nunca fiz nenhum curso ou algo do gênero, mas não posso negar que tenho muita vontade de fazer um desses cursos de desenho, seja qual for, porque eu acredito que é sempre muito bom você procurar investir em você mesmo, você procurar sempre melhorar em algo ainda mais, com a ajuda de alguém que entende muito mais de desenho do que você. Todo mundo deveria fazer isso, não só em relação ao desenho, claro. Mas, eu sempre to de olho pra saber se tem algum curso que abriu. A única coisa que me atrapalha no momento é o tempo, eu preciso me organizar."


 Com qual idade você descobriu sua habilidade, e como você encarou isso? 

"Como eu disse eu não autodidata, quem dera. Mas, quando eu era mais nova, não me lembro ao certo, mas desde muito cedo, eu gostava de ter por perto muitos papeis e lápis de cor. Rabisquei algumas muitas vezes a parede de casa, e também já gastei alguns muito papeis só com essa brincadeirinha de rabiscar ali e aqui. Todo fim de semana o meu pai reunia eu e minha irmã aqui em casa e nós passávamos a tarde desenhando. Eram horas e horas gastas nisso. Era tão bom, porque como o papai era muito ocupado, era o momento ideal pra gente tá ali com ele. E foi com ele que eu aprendi a tomar gosto por tudo que se refere a arte, de um modo geral. Ele tinha vários livrinhos com pinturas e desenhos que ele mesmo rabiscava e pintava, e o meu sonho era saber fazer tudo aquilo que ele fazia e saber utilizar os materiais que ele tinha, que eram os mais variados possíveis e que eu sempre pegava escondido pra usar depois, haha."

Seu curso (faculdade) influenciou no gosto por desenhar, ou desenhar influenciou seu gosto pela sua 
profissão? 

"Na verdade, o amor, se assim eu posso dizer, que eu tenho pelo desenho e pela arte, é que me levou a cursar Arquitetura e Urbanismo. Até então, eu tinha muito medo de cursar arquitetura por que, algumas muitas pessoas colocaram na minha cabeça que esse curso não dá dinheiro, é difícil, tem a tal da matemática, na qual eu sempre tive um pouquinho de dificuldade devo admitir, e com isso eu acabei tendo a brilhante ideia de ir cursar Direito na Unifor. Mas, é como dizem: ''Faça o que você ama, ame o que faz.'' Não me arrependo de ter mudado de curso e tenho certeza que futuramente me tornaria uma profissional frustrada. A gente não deve pensar apenas no retorno financeiro, mas sim, se aquilo é bom pra mim e se eu me sinto feliz ali, independente do que os outros achem sobre."

Você tem planos para o futuro artístico?

"Sim, sim! Eu tenho muitos planos e quero até procurar envolver o meu curso nisso. Mas atualmente, eu estou por conta própria tentando me aperfeiçoar. Por isso, há umas 2 ou 3 semanas atras, eu criei um laboratório chamado ''Traços'', no qual funciona da seguinte forma: através de pedidos, as pessoas entram em contato comigo e me pedem pra fazer desenhos sobre quaisquer coisas. Mas, eu tenho como objetivo aperfeiçoar os meus rabiscos em relação as pessoas. Sim, se tem uma coisa que eu sou péssima é em desenhar os traços das pessoas. Eu não pretendo desenhar um auto retrato, até porque não tenho muita fé que sozinha eu consiga, eu precisarei de aulas certeza. Mas, até lá a gente vai tentando, no caso, são auto retratos mais artísticos. E futuramente eu gostaria também de me vincular a projetos com algumas pessoas e a lojas, no caso, deixar algumas de minhas criações estampadas em algum lugar, sejam objetos ou ate mesmo em roupas (paredes também vale). Criações nas quais eu ainda começarei também a pôr em prática."




Qual sua inspiração para criar?

"Minha inspiração está em tudo aquilo que esteja ao meu alcance. Eu me inspiro muito em fotografias, músicas, filmes, comida (sim até nisso eu me inspiro), poemas que eu leio ou que eu mesma as vezes crio, desenhos de outras pessoas, as próprias pessoas e tenho até alguns desenhos que são inspirados em sonhos que eu tenho."

Quais os materiais que você mais usa, e qual seu predileto?

"Eu sou meio indecisa, devo admitir. Tem horas que eu amo desenhar com lapiseira, mas tem horas que o lápis acaba me sendo muito mais útil. Papel, lápis, lapiseiras, canetas pretas, algumas stabilos, canetinhas coloridas e lápis de cor são os que eu mais uso, nada muito profissional a não ser as canetas de desenho e os lápis. Mas, dentre todos esses materiais, se tem uma coisa que nunca pode faltar na minha mesa e principalmente nos meus desenhos, é a aquarela. Muitos dos desenhos que eu tenho feito agora, são aquarelados. Eu acho a aquarela linda e prática e, eu acho muito gostoso você sair lambuzando tudo. É um costume meio feio meu, mas eu sujo tudo, tá quase tudo."




Você se inspira em algum artista ou tempo artístico?

"Eu procuro ter inspirações que vem assim, tipo ''coisa do momento'' sabe? Eu me baseio em muito do que vejo, não importando quem seja o artista ou o tempo artístico."

Como sua familia lida com seu dom e seus planos futuros com ele?

"Eu voltei a desenhar mesmo, mesmo tem uns dois anos. Que até então, eu não tinha muito o  interesse em desenho ou se desenhava, era muito pouco. Por algum motivo, que eu não me recordo, eu acabei deixando o desenho de lado.  Agora não, todo dia eu faço uns dois desenhos por dia, só pra não perder o costume. E minha família acha maravilhoso eu ter o desenho como um hobby e eles me apoiam pro que eu tiver em mente e que esteja vinculado com a arte de um modo geral. E eles acharam tão bons os meus desenhos, que foi através deles que eu consegui convence-los a enfim, cursar arquitetura, que como todo pai e mãe, se você não cursa medicina, partiu cursar direito ou quem sabe, alguma engenharia da vida."

O que te fez começar a praticar seu dom?

"Há mais ou menos uns 5 ou 6 anos atrás, eu diria que eu passei por situações complicadas e que me afetaram muito. Seja em relação a família ou em relação a algumas amizades. E, essas coisas me entristeciam, me frustravam e foi no desenho que eu me encontrei, que eu achei meu ''ponto de fuga''. Isso me ajudava e ainda sim, me ajuda a espairecer, a relaxar e a transparecer o que eu sinto. Eu sou uma pessoa muito transparente, é fácil hoje você saber se algo me incomoda, me deixa mal ou se eu estou triste. Mas, a alguns anos atrás, isso não era tão fácil. Eu era fechada e insegura, fora que eu era muito tímida, então daí você tira, e os problemas que eu tive não ajudavam. Por isso, eu acredito que o desenho me ajudou a colocar as coisas no seu devido lugar'.








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Beijinhos!

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