segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Grafite de Matheus Veigga


Hello! Eu tava a um tempo sem postar, mas sempre procurando matéria nas redes sociais, e hashtags. Um dia desses achei uns grafites bem legais feitos nos muros do Rio de Janeiro, e resolvi conversar com o Grafiteiro! O Matheus Veigga é um cara muito legal, e me contou como ele começou a grafitar!


" Entrei para esse meio do grafite porque sempre gostei de ficar observandos os desenhos nos muros. E sempre prestei muita atenção nisso, meu pai era pixador, então sempre tive uma ligação com esse meio do spray.

  Com isso comecei a fazer curso de grafite em abril do ano passado, com o Marcelo ECO, um dos mais conceituados grafiteiros aqui do Rio.
  E agora uma grande surpresa! Fiz esse curso junto com meu pai! Que hoje grafita junto comigo pelas ruas!
  É muito engraçado ver a reação das pessoas nas ruas quando conto isso. Geralmente pintamos lado a lado e quando perguntam se somos irmãos ou apenas amigos, falo que é meu pai e todos ficam assustados! Sem acreditar! Rs. Muitos grafiteiros mais velhos que eu falam que era o sonho deles que o pai apoiasse o grafite ou que fosse pintar com eles. E que isso era uma grande oportunidade que eu estava tendo.
  Duas vezes já "rodamos" ou seja, fomos pra delegacia por estarmos grafitado. Quando os policiais olharam as identidades, a reação foi a mesma, de surpresa. "Ele é seu pai ?" "Fulaninho, já viu isso ? Pai e filho juntos!" Pois é, ninguém espera isso e muitos acham que seja meu irmão.
  Agora no grafite, além de pintar com meu pai, pinto com a Trapa Crew, que é nosso
grupo. 7 amigos que pintam juntos e nós batizamos de Trapa por cada vez que íamos pintar era uma trapalhada diferente. Então vem de "trapalhões" mesmo, além de todos sermos fãs."


E vamos às perguntinhas:

Você fez algum curso, ou é auto didata?
"Então, como já falei, fiz um curso de 8 aulas e depois fui para a rua, que é aonde mais se aprende. Pintando na rua quase todo final de semana foi que a experiência foi surgindo, a evolução foi ficando perceptível.. A prática ajuda bastante!"

Com qual idade você desenvolveu seus desenhos no papel (e na parede, em forma de grafite)?
"Sempre gostei de desenhar, mas nunca fiz isso muito bem. Um pouco antes de entrar pro curso, comecei a desenhar mais, para chegar lá com algo pronto. E durante as aulas o que fiz no papel passei para a parede. Isso foi em abril do ano passado."

 Seu curso (faculdade) influenciou/influencia no gosto por desenhar, ou desenhar influenciou o gosto pelo seu curso?
 "Termino o ensino médio esse ano. Quero fazer faculdade de Direito, nada a ver com desenhar, grafitar e afins, então são duas coisas distintas que eu gosto."


Você tem planos para o futuro artístico?
 "Não penso em parar de pintar. É uma das coisas que mais gosto de fazer. Penso em evoluir sempre, desenvolver um personagem próprio e continuar levando cor para as ruas, um pouco de felicidade em meio ao cinza. Obs: Personagem próprio porque hoje em dia faço "Minions" que já existem do filme "Meu malvado favorito". Quero ter um personagem meu."

Qual sua inspiração para grafitar?
 "Minha inspiração é levas mais vida para as ruas, colorir muros velhos, levar um pouco de felicidade. As pessoas estarem no trânsito caótico da cidade e poder olhar pro lado e dar um sorriso vendo um desenho, um colorido diferente. Minha grande inspiração também foi o filme "Cidade Cinza". Um documentário dos artistas "OsGemeos" falando um pouco do grafite, em São Paulo principalmente."

Você se inspira ou tem predileção em algum artista?
"Tenho meus artistas favoritos que são OsGemeos, Crânio e Chivitz de São Paulo. E aqui no Rio, Cazé e na minha opinião, o melhor depois do meu pai, o grande mestre e amigo Marcelo Eco. Além de todos da Trapa Crew que são minha família no grafite."

Como sua familia lida com seu dom e seus planos futuros com ele?
"Por pintar junto com meu pai, minha família não é um problema. Todos apóiam e incentivam bastante para que eu continue e siga evoluindo."



  E então, o que vocês acharam das grafitagens e de como tudo rolou na vida do Matheus? Eu achei bem interessante a questão dele grafitar com o pai, acho muito importante quando os pais influenciam os filhos para algo dentro do ramo das artes, e os incentivam a mostrar seu talento!

É isso gente!
Até a próxima, beijo!

Um comentário:

  1. Matheus, que bela história irmão. Seus grafites estão cada vez mais maneiros. Abcs

    ResponderExcluir

Compartilhe aqui: