Eu não sei vocês, mas eu curto muito a cultura(não só do Ceará, mas do nordeste). Sou daquelas que fica horas olhando essas exposições de vaqueiros e afins. Fico pensando como era(ainda é) difícil a vida em uma área do país onde a seca predomina, o que é o interior do nordeste. Nasci e fui criada na capital, nunca passei dificuldades de ver o solo rachado da seca e coisas do tipo, mas percebo o quanto de coragem e muitas vezes de determinação que as pessoas que vivem nessa situação tem. Minha vó é uma que vive contando como era no interior dela quando ela era criança, da casinha de pau a pique na qual ela morava e das muitas outras coisas humildes que eles tinham. Fico me perguntando onde isso influencia na nossa formação de moda, e o tanto de coisa que a gente poderia fazer, o tanto de imagem que a gente poderia se inspirar, o tanto de conceito de moda e de conceito e aprendizado da vida a gente pode levar.
(imagem ameobrasil.blogspot.com)
(imagem wikipedia)
E não falo só na região árida. Quantas coisas temos dentro do nosso estado, quantas praias, quantos pontos turísticos que são um verdadeiro tesouro? Bato na tecla mais uma vez: vamos valorizar o que é nosso! Desde a terra que temos, aos profissionais que temos, ao clima, e a tudo mais que Deus nos deu. Muitas vezes como profissionais de moda super valorizamos Paris, alguns estilistas ilustres e etc! Eles tem seu valor, com certeza, mas se ninguém daqui parar pra valorizar o que temos, quem valorizará?
Sabe um exercício para esse final de semana? Ir no mercado central e garimpar as melhores peças. Que juntem o preço e a qualidade. Para os mais ousados, quem sabe até criar uma coleção sobre o mercado central? Arquitetura, as pessoas que andam por ali e etc.
Acredito que o coolhunterismo também possa acontecer aqui dentro da nossa cidade, mas em lugares onde o nosso, a nossa cultura é valorizada. Lá sim, existem pessoas que mesmo que não vistam roupa de marca, mostram a tendência do que é ser o povo nordestino, sem medo.
Beijinhos!
Isabelle Pertenelli